Área Piloto

O SIAP tem por objeto de trabalho uma área situada no nordeste transmontano onde se localizam os três monumentos nacionais propriedade do Estado: a Igreja Matriz de Torre de Moncorvo, a Igreja Matriz de Freixo de Espada à Cinta e a Igreja Matriz de Vila Nova de Foz Côa, que constituem os três casos de estudo. Três igrejas enraizadas no território marcado, entre outras, pela falha da Vilariça, acidente tectónico com uma extensão de cerca de 250 km e que atravessa toda esta região.

Estas Igrejas, propriedade do Estado, integram, com a Bandeira, o Hino de Portugal, a forma Republicana do Estado, a glorificação de Camões, o interesse pelos Descobrimentos e também a Classificação dos mais significativos monumentos da Nação em 1910, o elenco principal dos símbolos identitários do estado-nação.

Nos termos da Concordata entre a República Portuguesa e a Santa Sé, a sua afetação ao serviço da Igreja tem caráter permanente: “Os imóveis que, nos termos do artigo VI da Concordata de 7 de Maio de 1940, estavam ou tenham sido classificados como «monumentos nacionais» ou como de «interesse público» continuam com afectação permanente ao serviço da Igreja. Ao Estado cabe a sua conservação, reparação e restauro de harmonia com plano estabelecido de acordo com a autoridade ecle- siástica, para evitar perturbações no serviço religioso; à Igreja incumbe a sua guarda e regime interno, designadamente no que respeita ao horário de visitas, na direcção das quais poderá intervir um funcionário nomeado pelo Estado.”

 

Encontram-se afetas à Direção Regional de Cultura do Norte – Portaria n.º 829/2009, de 24 de agosto – para efeitos da sua gestão. Esta, encontra-se legalmente concretizada, designadamente, na recolha, estudo, conservação, salvaguarda, valorização e colocação à fruição pública dos testemunhos que, pela sua importância civilizacional, histórica, cultural, artística e estética, assumem particular relevância para a afirmação da identidade coletiva – Portaria 1130/2007, de 25 de maio.